>>> A idéia está lançada, como o próprio nome já diz a intenção é de saber O QUE você sente diante dessa leitura, em como ela te faz pensar e no que ela mudará sua forma de ver as coisas. Sinta-se a vontade para comentar e exercer sua crítica! ^^
Texto escrito para a coluna da Revista O QUE* - Edição 3 Fevereiro.
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“Água demais mata a planta!”
A cada ano que chega, desperta
em todos nós um recomeço. O novo traz a esperança de realizar algo diferente, de
iniciar projetos esquecidos ou elaborados, de conhecer lugares, de consertar
velhos erros e tentar não cometê-los novamente. E é dando ênfase nessa
expectativa que muitos esquecem de viver o presente, afinal o futuro nos parece
tão bem mais promissor. Estamos tão ocupados correndo pra lá e pra cá em busca
de respostas, soluções e estabilidade que deixamos de olhar ao redor. E é exatamente
nesse tempo que o desconhecido bate a nossa porta.
A idéia do novo é atraente e agrada,
mas nem sempre quando o assunto é conhecer pessoas. Por isso a maioria prefere
a familiaridade, rostos conhecidos parecem mais confiáveis e o cômodo é sempre mais
conveniente. O que muitas vezes ninguém diz, é que a existência dessa proximidade, na maioria
dos casos, é a grande vilã da história. E não só entre casais, isso vale também
na amizade, no trabalho e no meio familiar. É difícil pensar em como manter
qualquer relacionamento esperando que uma hora isso atrapalhe, porque temos tendência a
nos entregarmos quando nos sentimos seguros. Acontece que quando há uma distância,
seja ela causada propositalmente por uma situação ou pelo tempo, as coisas
acabam ficando mais interessantes. Isso renova a curiosidade e produz uma espécie
de motivação pra continuar. É quase como querer conhecer uma pessoa nova a cada
dia, mas sem aplicar isso à uma pessoa diferente e sim àquela que esta ali ao nosso lado.
No amor platônico cultua-se uma idealização
do perfeito, vê-se apenas as virtudes e isso gera algo especial sem a necessidade
do sexo, do toque ou do envolvimento sentimental. A aproximação concretizada
nessa relação traz descobertas e faz com que consigamos enxergar os defeitos do outro. Quando
conhecemos demais alguém, nos sentimos a vontade para exercer críticas a
respeito de qualquer ação ou assunto, principalmente quando este, nos coloca
como um aconselhador da verdade e do correto, sem nos darmos conta que ao mesmo
tempo em que julgamos, somos julgados também, ainda que a nossa intenção seja a
melhor possível.
Totalmente fora dos padrões do
contínuo, a casualidade torna-se uma grande aliada dos romances ardentes e nas divertidas
amizades. O inesperado está lá fora, passa por nós todos os dias, basta que estejamos
preparados para reconhecê-lo. É essencial que façamos de tudo quando o
encontrarmos para ocorrer uma doação lenta e recíproca, para que o gosto do
mistério seja muito bem apreciado. Essa distância será a medida que a outra
pessoa ganha para sentir falta da sua companhia e desejar estar sempre por
perto para desfrutar de todos os bons momentos com você.
“Viver é a coisa mais rara. A
maioria das pessoas apenas existe.” - Oscar Wilde
Pense nisso e experimente!
Obs.: A revista já está disponível nesse link > Online < e será distribuída a partir da próxima semana.