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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Super Positivo - [ O QUE você sente? ]

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Convidada à fazer parte da equipe de colaboradores da Revista O QUE* de Bom Jesus dos Perdões, fiz minha primeira coluna para a Edição 2 - Dezembro com um texto diferente do que habitualmente costumo escrever. É algo realmente interessante, polêmico e reflexivo. O universo feminino é uma grande mistura disso tudo, então nada melhor do que um conteúdo que diz uma verdade nua e crua em palavras simples.

Antes de iniciarem a leitura, peço que desarmem-se de julgamentos. Ao final, deixem seus comentários e critícas dizendo: O QUE VOCÊ SENTE?


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* Visite o site e folheie a Revista O QUE no seu monitor.


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“ ...Por isso não provoque. É cor de rosa choque... ” – Rita Lee

Não é de hoje que as mulheres têm assumido a direção de assuntos importantes em meio a uma sociedade preconceituosa na qual ainda vivemos. Assim é aqui, aí e em toda parte. Durante muito tempo reivindicamos nossos direitos e o que se vê no cotidiano é que estamos exercendo um ótimo trabalho para a evolução, até mesmo melhor do que os próprios homens.
Agora, sair pra jantar e dividir a conta?! Tudo bem que há muito disso de provar ser capaz “de”, mas e onde fica o cavalheirismo e romantismo deles? Essa atitude mostra apenas que estão conformados e não se importam tanto com a mulher na liderança das situações. O que é totalmente contrário ao surto de machismo, que alguns ainda têm em diversas ocasiões, principalmente nas questões profissionais e financeiras. Nenhum homem quer ser mandado por uma mulher, mas acontece que esse é um processo cada vez mais natural, só eles ainda não perceberam!

Lembrando que, ser independente não significa ser auto-suficiente, as mulheres ainda precisam de atenção, carinho e dedicação. Algumas mais, outras menos, somos fortes até no que diz respeito ao coração. Eles são assim também, mas não assumem, são tão machistas a ponto de seguir a risca a idéia de que “homem de verdade não chora”. É engraçado, mas todo ser humano necessita de um vínculo. O relacionamento é uma espécie de balança da vida, quem não se apaixonou ou sofreu, irá chorar e amar um dia. É inevitável. Experiências constroem. Nós precisamos disso. Me diga somente uma pessoa que é realmente feliz sozinha! (?)
O sexo frágil também é algo muito discutido, mas na verdade nunca foi realmente direcionado ao universo feminino propriamente dito. Foi apenas uma grande jogada para que nos sentíssemos incapazes de agir e acharmos que não podíamos nada e que nunca poderíamos. Coitado do homem que pensou que ser mulher resumia-se em limpar, lavar, cozinhar, cuidar dos filhos e ainda satisfazer os desejos dele no fim do dia. Mal sabem que sempre estamos prontas para outra jornada e ainda é claro, fazemos tudo e muito mais de salto alto. E não só no sentido metafórico da palavra! Além disso, temos o dom supremo de gerar a vida. Sem contar nossas tantas outras qualidades, esse fato já deveria nos colocar no topo.
E quem nunca ouviu o ditado: “Por trás de um grande homem, há sempre uma grande mulher”? - e que bom pra eles que não é o Ricardão, não é verdade?! - Brincadeiras a parte, fomos atrás e hoje estamos em posição de destaque. Mostramos nossa capacidade e ganhamos o respeito por contribuir beneficamente dando o toque feminino em questões importantes da sociedade.

Enquanto lemos, pelo mundo, mulheres discutem política, são eleitas presidentes, assumem cargos de gerência e dirigem caminhões. Os homens fazem as unhas, colocam brincos e pilotam fogões. Os papéis estão sendo trocados sem que percamos nossa sensualidade e poder.

Como diria minha mãe: “Somos o espetáculo da Terra!”

sábado, 4 de dezembro de 2010

Endymion

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O que é belo há de ser eternamente 
Uma alegria, e há de seguir presente. 
Não morre; onde quer que a vida breve 
Nos leve, há de nos dar um sono leve, 
Cheio de sonhos e de calmo alento. 
Assim, cabe tecer cada momento 
Nessa grinalda que nos entretece
À terra, apesar da pouca messe
De nobres naturezas, das agruras, 
Das nossas tristes aflições escuras, 
Das duras dores. Sim, ainda que rara, 
Alguma forma de beleza aclara
As névoas da alma. O sol e a lua estão 
Luzindo e há sempre uma árvore onde vão 
Sombrear-se as ovelhas; cravos, cachos
De uvas num mundo verde; riachos 
Que refrescam, e o bálsamo da aragem 
Que ameniza o calor; musgo, folhagem, 
Campos, aromas, flores, grãos, sementes, 
E a grandeza do fim que aos imponentes 
Mortos pensamos recobrir de glória,
E os contos encantados na memória: 
Fonte sem fim dessa imortal bebida 
Que vem do céus e alenta a nossa vida.

( Jonh Keats )

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Poeta inglês considerado um dos maiores nomes do romantismo na Inglaterra. Sua obra oscila entre as freqüentes referências à morte e um intenso sentimento de prazer com a vida. Influenciado pelos poetas gregos do período helênico, como Homero, bem como pelos poetas elizabetanos do século XVI, persegue a perfeição estética. Sua poesia é marcada por sentimentalismo romântico, imagens vibrantes, de grande apelo sensual, e expressão de aspectos da filosofia clássica.
Orfão desde a infância, é criado em Edmonton por um tutor, que o transforma em aprendiz de cirurgião. Volta em 1814 para Londres, onde trabalha como assistente de cirurgia em dois hospitais. Em 1817 decide abandonar a medicina para se dedicar à poesia.
No mesmo ano publica o primeiro livro, Poems, marcado por imagens ultra-românticas, mas não obtém sucesso. Em 1818 lança Endymion e inicia a produção de seu maior poema, Hyperion, que não chega a concluir. Logo após o lançamento, Keats conheceu Fanny Brawne, a grande paixão de sua vida. Mas tiveram que separar-se em 1820, devido à tuberculose que ele havia contraído.
Poucos poetas escreveram obras tão importantes em tão pouco tempo como Keats. Em 1820 foram publicados Lamia, Isabelle, A vigília de Saint Agnes, Hyperion e cinco Odes. Os erros e imperfeições de seus poemas iniciais haviam desaparecido totalmente. Apesar de nunca ter publicado nada em prosa, suas cartas ao irmão demonstram uma penetração crítica e filosófica verdadeiramente notáveis.
Só obteve reconhecimento após a morte ( Londres 31.10.75 - Roma 23.02.1821) quando estava com apenas 25 anos. Keats, o último e maior dos poetas românticos ingleses, exerceu uma profunda influência sobre Tennyson, Robert Browning, pré-rafaelitas e outros.
Fonte:  Wikipédia

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PS.: Quem puder e quiser assista o filme Brilho de uma Paixão.

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