Naquele Julho

As férias daquele ano tiveram mesmo um sabor diferente,
Era uma mistura doce de magia, fantasia e realidade.
Perdidos em sensações, apenas sorríamos alegremente,
Não percebemos o que a vida nos mostrava de verdade.

Aquele era o instante do aprendizado e não do entendimento,
Buscávamos o inexplicável, a plenitude da felicidade.
Alguns anos se passaram até a descoberta do sentimento,
Isso faz um tempo, já nem lembro qual era a minha idade.

Pessoas entraram e saíram de nossas vidas de repente,
Abrindo caminhos e nos dando algumas escolhas de mudança.
E o passado pertence a nós dois e não a toda essa gente,
Como os detalhes desse filme antigo que permancem na lembrança.

Hoje sentada sozinha naquela mesma calçada, olhando para o nada,
Confesso que as tardes não foram mais como aquelas ao seu lado.
Faltava você, a brisa do vento e a luz do sol. Fiquei arrasada.
E então percebi como tudo está mudado.

Aprendemos a lidar com o tempo e a distância,
E mesmo assim não entendemos essas razões com clareza.
Ainda continuamos esperando o fim dessa inconstância.

Foram preciosos os momentos que marcaram na memória
Muitos desejos escondidos e uma única certeza
Que tentamos calar diante do desfecho dessa história.

Aquele abraço, o olhar, o toque e o calor
Traduzem somente aquilo que não se diz com palavras
É simplesmente, AMOR.

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Marcando o ínicio de poemas, sem intenção alguma senão a de mostrar a mim mesma que ainda resta um fio de romantismo nos meus pensamentos, vejo que o passar dos anos levaram grande parte da minha inocência e sensibilidade. Trouxeram também essa nova visão da vida, a percepção dos sentidos e das vivências. Com seus encontros, desencontros, acasos e recordações.. Concluo que nada pode ser comparado e foi tão real do que o meu próprio passado.

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