É realmente curioso e difícil de responder a essa pergunta. Acredito que a de todos nós, aconteceu no momento que escolhemos quando e em qual família viríamos ao mundo.
Desde então, estamos sempre em dúvida entre uma e outra coisa, seja essa simples ou complicada. Elas são como bifurcações, decidindo por uma, jamais saberemos o que a outra nos reservaria. E a verdade é que não tem como ser diferente. Não podemos ter tudo ao mesmo tempo. Mas bem que gostaríamos, não é mesmo?
Na infância muitas coisas ficam implícitas. O amor, carinho e a educação que recebemos ou não de nossos pais, tornam-se fatores primordiais para o desenvolvimento do nosso caráter e conduta.
Quantas crianças perdemos anualmente para o crime e as drogas? Elas também têm escolha, mas será que podemos julgá-las, se as mesmas vivem num meio onde é apenas isso que se vê?
Realmente faz diferença se pensarmos por esse aspecto.
Pode ser que nesses casos, elas não tenham a consciência de que isso é errado, afinal depois de crescer vivendo nisso, acaba-se por achar normal. Mas certamente se os pais delas tivessem escolhido uma outra vida, o fim das histórias poderiam ser bem diferentes.
Tomando como exemplo de quando éramos crianças, brincávamos de polícia e ladrão e algumas outras consideradas também não tão inocentes assim, contudo, quantos de nós nos tornamos o elemento ruim dessa brincadeira?
Tudo é uma questão de criação, do que recebemos de positivo ou negativo daqueles que até então, são os responsáveis por nos ensinar sobre as coisas da vida.
Conseqüentemente, mesmo havendo o livre arbítrio, nossas escolhas são um pouco da situação e influência do que vivemos e convivemos diariamente, tanto no meio familiar, como no social.
Voltando para uma visão mais ampla sobre escolhas, temos também a adolescência. Nessa fase, achamos que podemos tudo, sentimos como se tivéssemos asas. Não queremos que ninguém interfira, tampouco aceitamos os conselhos que nos é dado.
Como as mudanças são notórias e tudo parece acontecer ao mesmo tempo, ficamos ainda mais confusos. Pensamos em conspiração e até que é o fim do mundo.
Ficamos em pânico com a escolha da roupa que vamos à escola e em como faremos para chegar naquela pessoa que nos interessa. Coisas bobas que se tornam um bicho de sete cabeças. Nem até mesmo o bicho papão e o homem do saco das histórias que ouvíamos quando crianças nos assustavam tanto, como quando nos deparamos vivendo nessas situações. Aos poucos entramos nessa nova atmosfera de problemas e soluções, coisas que pouco tempo atrás não nos preocupava com tanto fervor. Só que nesse momento é que começamos a sentir o peso e a responsabilidade delas.
Já quando somos adultos e percebemos que passamos por todas as turbulências possíveis e imaginárias, adquirimos uma nova visão totalmente diferente.
Pensando no passado, no que fomos capazes de fazer e em como agimos diante de algumas ocasiões, sorrimos e achamos graça! Fazemos até piadas e rimos com nossos amigos daquilo tudo e de todas as histórias que cada um viveu. De todos aqueles “pesadelos” que viveram e duraram anos para terminar.
E então com maturidade projetamos o futuro. Escolhemos qual universidade seguir, que curso fazer, onde vamos morar, com quem vamos nos casar, entre tantas outras.
Uma coisa é certa, as decisões sempre estarão em nossas mãos. Mas são as escolhas que fazemos durante todo esse tempo que acabam definindo o nosso percurso na longa caminhada da vida.
“Podemos tentar evitar de fazer escolhas através de não fazermos nada, mas ainda sim, isso é uma decisão.”
Até semana que vem! ^^
Intrigante esse título.
ResponderExcluirDifícil respondê-lo.
A todo momento estamos fazendo escolhas, e uma depende da outra. Logo, perdemos a noção sobre qual veio primeiro.
E então, descobrimos como somos frágeis diante da vida, como uma pequena folha que é levada pelo vento...
Uma coisa, porém, é certo. Toda caminhada começa pelo primeiro passo.
Parabéns pelo texto!
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Eddy